Empresas buscam alternativa de crédito

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Com US$ 7 bilhões em dívida vencendo no exterior até dezembro, empresas brasileiras de primeira linha buscam alternativas de financiamento em reais, no Brasil, caso não ocorra trégua nos mercados nas próximas semanas.

Companhias suspendem abertura de capital na Bolsa; Bovespa "descola" de Nova York e tem leve alta, de 0,48%

Dólar comercial segue em R$ 1,62 após novo dia de instabilidade; analistas veem mais turbulência adiante

Com US$ 7 bilhões em dívida vencendo no exterior até dezembro, empresas brasileiras de primeira linha buscam alternativas de financiamento em reais, no Brasil, caso não ocorra trégua nos mercados nas próximas semanas.

Ontem, a Bovespa ignorou o pessimismo nos EUA e na Europa e teve alta de 0,48%. O dólar seguiu em R$ 1,62. Apesar do relativo "descolamento" do Brasil, três de seis empresas que planejavam abrir capital na Bovespasa -Camil (alimentos), Enesa (máquinas) e Perenco (petróleo)- suspenderam suas operações. Interbrands (moda), Petrorecôncavo (petróleo) e LG Agronegócios dificilmente conseguirão levar adiante o plano.

Só neste mês, companhias dos setores de construção civil, estradas, financeiro e agronegócio precisam pagar US$ 1,9 bilhão em dívida no exterior -quarto maior volume do ano- e em setembro, mais US$ 961 milhões. Se não conseguirem renovar, terão de recorrer ao mercado doméstico emitindo debêntures, notas promissórias ou fazendo empréstimo no BNDES e nos demais bancos.

Desde sexta, o mercado de dívida se fechou para novas emissões. Na semana passada, antes do rebaixamento dos EUA, a OSX, fabricante de navios do empresário Eike Batista, elevou os juros de 3,75 pontos para 4,25 pontos acima da Libor (mercado interbancário de Londres) para levantar US$ 850 milhões.
Em 2008, a crise arrasou o balanço dos bancos globais, que tiveram de reduzir os empréstimos. Empresas como a Petrobras, que recorreu à Caixa Econômica Federal, tiveram de se financiar no Brasil, "secando" o crédito para as empresas menores. Desta vez, os bancos americanos estão mais capitalizados (a regulação apertou as regras de solvência) e o mercado pode "premiar" as multibrasileiras com taxa baixa.

"Multilatinas como a Petrobras não vão ter problemas. O governo precisa ficar atento às empresas médias e pequenas, que podem ficar sem dinheiro", disse Ricardo Rocha, do Insper.

"As empresas vão ter dificuldade para renovar suas dívidas. Quem tem dívida em dólar pode dar uma diminuída agora, para não passar apuro mais adiante", disse Jorge Knauer, da Prosper. Para Saulo Sabbá, diretor da Máxima Asset, as oscilações no mercado de ações devem continuar. "A única coisa certa é a volatilidade. A direção dos mercados vai depender de notícias sobre a dívida na Europa", disse.

(Toni Sciarretta)

FONTE: Folha de S.P

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