Aposentados do INSS que precisam de dinheiro emprestado estão apostando mais no empréstimo consignado e deixando de lado as operações com cartão de crédito, também na modalidade com desconto direto no benefício.
Aposentados do INSS que precisam de dinheiro emprestado estão apostando mais no empréstimo consignado e deixando de lado as operações com cartão de crédito, também na modalidade com desconto direto no benefício.
No primeiro semestre deste ano as operações só com o empréstimo pessoal tiveram alta de 6,14% na comparação com o mesmo período de 2010, passando de 5,55 milhões para 5,89 milhões.
Em valores, o aumento alcançou 9%. No primeiro semestre de 2010 foram contratados R$ 13,6 bilhões na modalidade. No mesmo período deste ano, a cifra chegou a R$ 14,8 bilhões.
Já o uso do cartão para tomar crédito caiu quase 60%, passando de 89.384 operações para apenas 36.419. Em valores, a queda foi de 58%, passando para R$ 54 milhões.
O INSS não tem explicações para essa queda em uma modalidade mais prática, já que, ao contrário do empréstimo, o crédito por meio do cartão não exige que o aposentado vá até o banco para conseguir o dinheiro.
Entretanto, como as taxas são menores -3,36% ao mês, no máximo, contra até 2,34% no consignado- é possível pressupor que os aposentados estão trocando comodidade por economia.
O uso do cartão ainda deverá cair mais, já que o Banco Central decidiu equiparar essas operações aos demais empréstimos com desconto em folha para reduzir essas operações. Os bancos que concederem esse crédito em operações com prazo superior a 36 meses terão de ter uma reserva maior de capital para assegurar o empréstimo.
Significa que o banco, com o mesmo capital, terá menos recursos para emprestar, o que reduz margem oferecida aos clientes, diminuindo prazos ou elevando custo do crédito, o que pode levar o aposentado a optar ainda mais pelo empréstimo pessoal.
FONTE: Folha de S.P