Notícias de Brasília - Greve da Saúde chega ao fim

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Categoria define pela volta ao trabalho após aceitar proposta do GDF sobre as gratificações, principal reivindicação do movimento. Exames e cirurgias suspensas serão remarcadas a partir de hoje

Categoria define pela volta ao trabalho após aceitar proposta do GDF sobre as gratificações, principal reivindicação do movimento. Exames e cirurgias suspensas serão remarcadas a partir de hoje

Após 15 dias de reivindicações, os servidores da Saúde voltaram ao trabalho ontem, para alívio dos brasilienses. A população viveu, desde 27 de junho, um calvário por conta da precariedade no atendimento realizado em hospitais e unidades de saúde da rede pública — mais de 10 mil técnicos, auxiliares e servidores de nível superior de várias áreas cruzaram os braços. Na Regional de Saúde do Gama, uma das regiões mais afetadas com a greve, além das longas filas, os pacientes enfrentaram cancelamento de consultas, exames e cirurgias (leia quadro ao lado). A Secretaria de Saúde informou que parte dos procedimentos começam a ser remarcados hoje.


Os grevistas decidiram pelo fim da paralisação após quase duas horas de assembleia, realizada no auditório do Templo da Legião da Boa Vontade. A maioria dos cerca de mil presentes acatou a proposta do GDF em torno da Gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata), uma das principais reivindicações da categoria. O Executivo local se comprometeu a repassar 40% do benefício em setembro deste ano, 50% em setembro de 2012 e 30% em julho de 2013. Dos 233% de incorporação negociados em gestões anteriores, restavam 120% para serem repassados aos servidores.

Os funcionários da Saúde conquistaram ainda a equiparação do auxílio-alimentação com o valor pago na área federal (R$ 304), além do plano de saúde, que valerá a partir de janeiro de 2012. O corte na folha de ponto dos grevistas, anunciado pelo governador Agnelo Queiroz (PT) um dia após o início da greve, também não ocorrerá, caso as horas de trabalho sejam repostas pelos funcionários. Mesmo assim, o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (Sindsaúde) terá de pagar R$ 120 mil pelos dias parados — a Justiça determinou, em 4 de julho, a cobrança de multa de R$ 30 mil por dia parado.

Reconhecimento
Ao longo dos próximos meses, outras discussões devem ocorrer entre representantes do SindSaúde e do GDF para tratar das questões que ficaram pendentes. Entre elas está a redução da carga horária, a revisão anual da remuneração dos servidores, tendo como parâmetro o índice de correção do Fundo Constitucional do DF, além da reestruturação do plano de carreira, cargos e salários. A conclusão do projeto de lei que dispõe sobre o assunto tem previsão para ficar pronto em setembro.

Para o presidente do SindSaúde, Agamenon Torres, o maior ganho da categoria foi o respeito. “Existia uma discriminação no tratamento da reivindicação dos servidores, mas acredito que, desta vez, demonstramos que não continuaremos aceitando isso”, afirmou. “Em proposta anterior, havia apenas uma sugestão de data para a discussão da Gata, mas, na última reunião com o governo, a gratificação ficou garantida. Assim, avançamos.” Torres disse que a luta dos trabalhadores não terminou.

A Secretaria de Saúde informou, por meio da assessoria de imprensa, que, com o fim da greve, as atividades foram normalizadas em todas as regionais, porém admitiu dificuldades em alguns setores. A remarcação de consultas em centros e postos de saúde, por exemplo, depende de um levantamento da Subsecretaria de Atenção Primária, enquanto o agendamento de novos atendimentos ambulatoriais precisa de definição de critérios por parte da direção de cada hospital.

Consequências
Confira como a paralisação afetou algumas unidades de saúde:

» Hospital de Base do DF
Os setores mais problemáticos no maior hospital do DF foram a lavanderia, o transporte e a radiologia de emergência. Apenas 30% dos funcionários foram mantidos em tais setores.

» Hospital Regional do Gama
No HRG, os serviços no ambulatório funcionaram com 30% do efetivo. As cirurgias eletivas (marcadas com antecedência) e os exames ambulatoriais acabaram suspensos no laboratório.

» Hospital Regional da Asa Norte
No Hran, os procedimentos de marcação ficaram reduzidos, mas a direção da unidade não atribuiu o problema à greve, mas às férias de alguns servidores. No entanto, a paralisação alterou a rotina do ambulatório e das cirurgias eletivas.

» Regional de Saúde de Ceilândia
A greve em Ceilândia afetou os serviços ambulatoriais de várias unidades da cidade. Segundo representantes do hospital regional e dos postos de saúde, apenas alguns servidores aderiram ao movimento.

» Hospital Regional de Santa Maria
Segundo a direção do HRSM, o atendimento ocorreu normalmente, sem adesão à greve por parte dos servidores.

» Regional de Saúde de Brazlândia
De acordo com a direção da unidade, o atendimento não ficou comprometido por conta da greve. Ocorreu normalmente ao longo dos 15 dias de paralisação.

FONTE: Correioweb

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