Julho é período de férias escolares e muitas famílias têm viagem programada para o exterior. Os destinos podem variar, mas o uso do cartão de crédito é bastante comum quando se visita outro país. Mas é preciso tomar cuidado com o uso da moeda de plástico, afinal o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ficou mais caro.
Reajuste do IOF requer atenção nas compras em viagens internacionais
Julho é período de férias escolares e muitas famílias têm viagem programada para o exterior. Os destinos podem variar, mas o uso do cartão de crédito é bastante comum quando se visita outro país. Mas é preciso tomar cuidado com o uso da moeda de plástico, afinal o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ficou mais caro.
Reajuste para uso de cartão de crédito
Apesar do reajuste do IOF ter sido publicado no Diário Oficial da União em 28 de março de 2011, muitos consumidores não estão atentos e tampouco calculando o quanto o decreto que reajusta de 2,38% para 6,38% o imposto sobre as compras no exterior com cartão de crédito pode afetar seus bolsos. A Receita Federal informou que com o aumento da alíquota do IOF, haverá um ganho anual de arrecadação aos cofres públicos de R$ 802 milhões.
Segundo Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec, a medida do governo tem como objetivo desestimular os gastos não somente com viagens ao exterior, como também as compras via internet. A medida do governo também visa a evitar o endividamento excessivo das famílias, que, mais à frente, pode aumentar o índice de inadimplência.
Cobrança
As alíquotas do IOF são cobradas em diversas operações como crédito, seguro e câmbio. No cartão de crédito, o IOF é cobrado no momento em que a administradora do cartão faz a remessa de valores ao exterior. As faturas são fechadas a partir dessa remessa.
Controle
"A população não está atenta às mudanças. Nas férias, ficamos mais relaxados, propensos a gastar. Quando está viajando, o consumidor acha que tem de aproveitar todas as oportunidades de compras, pois não sabe quando terá outra. É perigoso ficar sem controle e o aumento do IOF agrava ainda mais a situação, que pode provocar endividamento", alerta Braga.
Para o especialista, além de levar alguma quantidade de moeda em espécie, outra opção interessante é o uso do cartão de débito pré-pago. "Além da alíquota do pré-pago ser muito mais baixa, 0,38%, o consumidor pode controlar melhor os gastos, pois há um limite", comenta.
O mecanismo do pré-pago é parecido com o funcionamento dos celulares pré-pagos. O cliente compra uma carga com a quantia desejada e a utiliza como um cartão pré-pago nos estabelecimentos no exterior. Ainda é possível fazer saques em dinheiro e recargas. Não há cobrança de anuidade e demais taxas associadas ao seu uso. Bandeiras como Mastercard, Visa e American Express já oferecem esse tipo de moeda de plástico. Ao escolher a bandeira, esteja atento à cotação da moeda escolhida.
A Proteste – Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores – orienta que o consumidor, antes de decidir qual empresa contratar, pesquise as diferentes taxas cobradas pelo mercado na hora de abastecer o cartão. A entidade ainda alerta que a agência de viagem não pode impor um cartão, pois isso se configura venda casada. É importante observar a cotação da moeda escolhida em cada uma das empresas.
Praticidade, segurança e controle
Como o cartão de crédito, o de débito é seguro e evita que o consumidor ande com valor alto em espécie se sujeitando a perda ou roubo. Isso sem falar no controle de gastos. "Meu pai voltou de viagem da Europa há alguns dias e comentou que ficou tenso com os gastos, controlando tudo, pois sabia que o IOF poderia pesar. Além disso, não se sentiu confortável carregando dinheiro vivo. Então, como eu já estava com viagem marcada com meus filhos para os EUA, busquei informação e vou usar o cartão pré-pago. Acho que vai me ajudar a economizar com imposto e controlar meus gastos", relata a engenheira Ana Paula Souza.
FONTE: Previ