Fiocruz lança novo teste que confirma Aids em 20 minutos

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Exame acaba com a espera de um mês para confirmar o diagnóstico. A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) lançará em agosto um teste rápido que confirma o diagnóstico do vírus HIV em 20 minutos.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) lançará em agosto um teste rápido que confirma o diagnóstico do vírus HIV em 20 minutos.
 
Hoje, a pessoa faz o teste de triagem e, se for soropositiva, precisa esperar a confirmação do diagnóstico por um outro exame, cujo resultado pode demorar até um mês.

Com os novos kits, será possível fazer o diagnóstico e a confirmação ao mesmo tempo. Os atuais testes de triagem também são rápidos "demoram cerca de dez minutos", mas podem gerar resultados falsos-positivos.
Isso ocorre porque os antígenos (partículas reconhecidas pelos anticorpos produzidos pelo sistema imunológico) usados no teste podem reagir com anticorpos associados a outras doenças. Por isso, todos os pacientes apontados como soropositivos no teste de triagem têm que fazer o exame confirmatório em laboratórios fora das unidades de saúde.

Mas muitos pacientes não voltam para buscar o resultado e, portanto, não se tratam. A expectativa é que o novo teste também mude isso. Quase metade (40%) da mortalidade por Aids no Brasil está relacionada à demora para o início do tratamento.
 
"Ao atrelar os dois ensaios, a pessoa já tem a confirmação rápida, recebe orientação e encaminhamento médico. Isso agiliza o tratamento", diz Antônio Ferreira, gerente de Programa de Reativos de Bio-Manguinhos/Fiocruz. Para ele, o teste será especialmente útil nas cidades pequenas ou em áreas mais remotas do país porque dispensa infraestrutura laboratorial e é simples de ser aplicado.

Outra vantagem é o preço. Segundo Ferreira, ele terá um quinto do custo dos atuais exames confirmatórios (entre R$ 130 e R$ 150).

O Ministério da Saúde pretende utilizar entre 150 mil a 200 mil testes por ano para atender a demanda do SUS. O novo kit é eficaz já a partir do 25º dia de infecção.

Brasil contém epidemia, mas não reduz mortalidade

A epidemia global de HIV parece estar em um momento de inflexão, com um número de infectados estabilizado em 33 milhões.

A quantidade de mortes provocada pela síndrome no mundo também vem caindo nos últimos anos de 2,3 milhões, em 2004, para 1,8 milhão, em 2009.

O Brasil, embora tenha contido a epidemia e seja muito elogiado por isso, não conseguiu reduzir a mortalidade. São mais de 11 mil mortos por ano, mais de uma pessoa morta por hora.
Com exceção do Estado de São Paulo, as mortes nas outras regiões estão em ritmo crescente, segundo último boletim do Ministério da Saúde, com dados até 2009.

Na avaliação do pesquisador da USP Alexandre Grangeiro, grande parte dessas mortes não são decorrentes do HIV, mas da falta de acesso oportuno aos serviços.Segundo ele, as regiões brasileiras que apresentam taxas de crescimento da epidemia e de mortes são, também, as que possuem as maiores proporções de diagnóstico tardio e as que têm os piores indicadores de saúde.

Outro desafio no País é fazer com que os modelos de prevenção e intervenção atinjam grupos específicos (como usuários de drogas).

Estudos mostram que pessoas com maior exposição ao risco para Aids, por medo ou por não saber como lidar com um eventual teste positivo, não buscam espontaneamente os serviços de saúde para fazer a triagem. 

FONTE: Folha de S.Paulo

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