Braço direito de Mantega entra no conselho da Vale

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Em assembleia realizada ontem, os acionistas da Vale aprovaram a nova composição do Conselho de Administração da companhia. A principal mudança é a entrada do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, como conselheiro, num sinal de que o governo pretende ampliar sua influência nas definições estratégicas da companhia -atribuição que cabe ao colegiado.

Indicação sinaliza que governo quer ampliar influência estratégica na empresa

Nelson Barbosa vai ocupar uma das quatro vagas da Previ, fundo de pensão que é o principal acionista da mineradora

Em assembleia realizada ontem, os acionistas da Vale aprovaram a nova composição do Conselho de Administração da companhia. A principal mudança é a entrada do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, como conselheiro, num sinal de que o governo pretende ampliar sua influência nas definições estratégicas da companhia -atribuição que cabe ao colegiado.

Barbosa foi indicado para uma das quatro vagas de membros-titulares pertencentes à Previ, fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil e principal acionista da Vale. Barbosa também preside o Conselho de Administração do BB.O secretário da Fazenda é braço direito de Guido Mantega, um dos principais articuladores do governo para a troca do presidente da companhia, Roger Agnelli, que deixará o cargo em maio.

Mantega negociou com o Bradesco, maior sócio privado da Vale, a saída do executivo. Agnelli entrou em colisão com o governo ao criticar a busca do PT por cargos na empresa. Agnelli será substituído por Murilo Ferreira, ex-diretor-executivo. O presidente da Previ, Ricardo Flores, foi mantido no comando do conselho da Vale. O fundo trocou outra vaga no colegiado, assumida pelo presidente do conselho deliberativo do fundo de pensão, Robson Rocha.

Ao todo, foram substituídos 4 dos 11 membros-titulares. O representante dos empregados da Vale também foi trocado. Paulo Soares de Souza, presidente do sindicato Metabase de Itabira e região (polo produtor de minério de ferro em Minas Gerais), foi eleito para o mandato de dois anos. A trading japonesa Mitsui, que integra o bloco de controle da Vale, também mudou seu representante.

A assembleia de acionistas aprovou ainda reserva de lucro de R$ 23,8 bilhões a ser destinada à expansão da Vale e investimentos. Também passou pelo crivo dos acionistas o plano de remuneração da diretoria da empresa, que prevê remunerações (já incluídos os encargos) de R$ 109 milhões neste ano.

FONTE: Folha de S.P

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