Quase metade da população não se informa sobre crédito

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Embora o crédito esteja batendo recordes no país, quase metade da população não se informa sobre empréstimos. No ano passado, 45% dos brasileiros disseram que nunca buscaram informações sobre financiamentos.

Pesquisa também aponta que só 26% das pessoas comparam taxas de juros

Levantamento mostra ainda que a classe C ampliou participação, em 2010, para 53% da população brasileira

Embora o crédito esteja batendo recordes no país, quase metade da população não se informa sobre empréstimos. No ano passado, 45% dos brasileiros disseram que nunca buscaram informações sobre financiamentos.

O percentual é ainda maior entre os brasileiros das classes DE, em 54%. No segmento C fica em 44% e no AB cai para 35%, de acordo com estudo da Cetelem BGN, empresa do grupo francês BNP Paribas, em conjunto com a Ipsos Public Affairs.

Segundo a pesquisa "Observador Brasil 2011", 41% dos brasileiros buscaram informações sobre juros. "O brasileiro não tem a cultura de pesquisar e isso precisa mudar com campanhas de educação financeira. Nas compras financiadas, apenas 26% afirmaram comparar diferentes taxas de juros na hora de comprar", diz Marcos Etchegoyen, diretor-presidente da Cetelem BGN.

No ano passado, as operações de crédito para consumidores e empresas cresceram 20,5% e o total de empréstimos chegou ao valor recorde de R$ 1,7 trilhão, segundo o Banco Central.

CLASSE C
A pesquisa mostra ainda que a classe C conseguiu ampliar sua participação, em 2010, para 53% da população brasileira, ante 49% no ano anterior, chegando a 101,6 milhões de pessoas no país. Foram 19 milhões de brasileiros vindos das classes DE, que ficou com 25% do total. Já os segmentos AB somaram 42,2 milhões.

"Houve uma mudança na forma que a população brasileira está distribuída. A pirâmide virou um losango, com mais pessoas fazendo parte da classe C", afirma Etchegoyen. Segundo ele, esse novo desenho vem se formando há cerca de quatro anos e está cada vez mais consolidado.

O levantamento se baseou em 1.500 entrevistas, feitas em dezembro em 70 cidades de nove regiões metropolitanas. A classificação por classe foi definida pelo Critério de Classificação Econômica Brasil, que verifica o grau de instrução do chefe de família, as características do domicílio e a posse de bens.

(Mariana Sallowicz)

FONTE: Folha de S.P

 

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