Brasil se torna em quinto maior credor dos EUA, com US$ 186,1 bi

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O Brasil tornou-se o quinto maior financiador da dívida do governo dos Estados Unidos. Dados divulgados pelo Tesouro norte-americano mostram que, em dezembro do ano passado, o país detinha US$ 186,1 bilhões em títulos da nação mais rica do mundo, atrás apenas da China, com US$ 1,16 trilhão, do Japão (US$ 882,3 bilhões), do Reino Unido (US$ 272,1 bilhões) e dos países exportadores de petróleo, como a Arábia Saudita e a Venezuela - esses, com investimentos de US$ 211,9 bilhões.

O Brasil tornou-se o quinto maior financiador da dívida do governo dos Estados Unidos. Dados divulgados pelo Tesouro norte-americano mostram que, em dezembro do ano passado, o país detinha US$ 186,1 bilhões em títulos da nação mais rica do mundo, atrás apenas da China, com US$ 1,16 trilhão, do Japão (US$ 882,3 bilhões), do Reino Unido (US$ 272,1 bilhões) e dos países exportadores de petróleo, como a Arábia Saudita e a Venezuela — esses, com investimentos de US$ 211,9 bilhões.

Somente em 2010, o Brasil aumentou os investimentos na dívida dos EUA em US$ 16,9 bilhões, apesar das baixíssimas taxas de juros pagas pelos papéis. A alegação do Banco Central, que administra os recursos oriundos das reservas internacionais do país, é a de que a compra de títulos do governo norte-americano é muito segura. Além disso, é preciso manter um colchão em dólares, uma vez que o grosso do endividamento brasileiro no exterior está na mesma moeda. É o que o mercado chama de hedge.

Pelos registros do BC, com as reservas internacionais do país na casa dos US$ 300 bilhões, mais da metade dos recursos hoje está financiando o governo dos Estados Unidos. “Trata-se de um importante seguro contra crises”, disse o diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, na reunião da semana passada do Conselho Monetário Nacional (CMN). A afirmação foi uma resposta às críticas de uma corrente de economistas, que acha exagerado o custo das reservas, já que elas rendem, em média 2% ao ano, mas o Tesouro do Brasil paga 11,25% anuais para se financiar. No ano passado, o BC registrou prejuízos de R$ 26 bilhões com essa diferença de taxas.

“Já vimos, no passado, o que aconteceu no país quando enfrentamos crises internacionais. O Brasil teve que puxar a taxa de juros para mais de 40% ao ano porque não tinha reservas suficientes para se defender”, observou o diretor do BC. Ele garantiu que, mesmo com as queixas, a política de acumulação de reservas continuará a mesma. Desde janeiro último, a autoridade monetária comprou quase US$ 15 bilhões para reforçar o seguro anticrise.

Fatura da bolha
Nos Estados Unidos, confortável com o financiamento da dívida de seu país, o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, admitiu que o mercado imobiliário local, responsável pela crise que levou o mundo à recessão em 2008 e 2009, ainda levará pelo menos dois anos para se recuperar. “A situação do mercado imobiliário continua difícil. Há muitos prejuízos a serem absorvidos pelo sistema. Portanto, será preciso um tempo para a recuperação”, disse.

Mão amiga
Veja quais são os maiores financiadores da dívida norte-americana

Países - Total (Em US$ bilhões)
China - 1.160,1
Japão - 882,3
Reino Unido - 272,1
Exportadores de petróleo - 211,9
Brasil - 186,1
Países do Caribe - 168,6
Taiwan - 155,1
Rússia - 151,0
Hong Kong - 134,2
Suíça - 107,0

Fonte: Correio Braziliese/Tesouro dos Estados Unidos.

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