Minoritários queriam US$ 6 e Lula defendia maior valor possível para barris cedidos pela União; capitalização é dia 30
Minoritários queriam US$ 6 e Lula defendia maior valor possível para barris cedidos pela União; capitalização é dia 30
Quanto maior o valor, mais ações a União pode comprar para aumentar participação do governo na estatal, hoje de 32%
Aguardada como uma das maiores operações do mercado internacional, a capitalização da Petrobras teve seu cronograma definido ontem pelo governo Lula, que fixou em US$ 8,51 o valor médio do barril de óleo equivalente (petróleo e gás) que a União irá usar no negócio.
Com isso, o governo federal entrará com US$ 42,533 bilhões (R$ 74,808 bilhões) na capitalização da Petrobras, valor dos 4,999 bilhões de barris de petróleo que a União usará como sua parte no aumento de capital da empresa.
Além de bancar sua parte na operação, a estratégia do governo é aumentar sua parcela no capital da empresa, hoje em torno de 32%. Para isso, conta com o valor mais alto do barril. Quanto maior esse preço, mais ações a União pode comprar.
Estatal e acionistas minoritários foram derrotados na definição do valor do barril. Eles queriam um preço na casa dos US$ 6, enquanto o presidente Lula sempre defendeu o maior valor possível na operação, mantida para o dia 30 de setembro.
O governo definiu ainda que serão usados na capitalização sete reservatórios do pré-sal de propriedade da União. O de maior volume é o de Franco, com reservas de 3,058 bilhões de barris, cujo preço unitário foi estimado em US$ 9,04.
O volume das reservas foi motivo de disputa entre o governo e a estatal. Enquanto a Petrobras estimava em 2,5 bilhões o potencial de Franco, a União calculava em 4,5 bilhões de barris.
FONTE: Folha de São Paulo