Carlyle cria fundo de R$ 400 mi com BB

Tamanho da Letra:

Banco e 2º maior grupo de "private equity" global querem comprar empresas com potencial de internacionalização. Brasil, China e Índia são as principais apostas do fundo Carlyle, que já adquiriu os controles da CVC e da Qualicorp.

Banco e 2º maior grupo de "private equity" global querem comprar empresas com potencial de internacionalização

Brasil, China e Índia são as principais apostas do fundo Carlyle, que já adquiriu os controles da CVC e da Qualicorp

O Carlyle Group, segundo maior fundo de "private equity" (de aquisições de empresas) do mundo, colocou definitivamente o Brasil na rota global de investimentos.
Depois de comprar o controle da rede de agências de viagem CVC, em janeiro, e o da Qualicorp, de gestão de planos de saúde, na semana passada, o grupo norte-americano fechou parceria com o Banco do Brasil para a criação do Fundo de Internacionalização de Empresas, com recursos de R$ 400 milhões.
Trata-se da primeira parceria entre um fundo internacional de "private equity" e um grande banco brasileiro.
"A ideia é comprar o controle de empresas com potencial de internacionalização e fazer com que os fundos de pensão experimentem a forma de trabalho de um fundo de primeira linha e seu modelo de gestão", diz Juan Carlos Felix, 37, diretor do Carlyle para a América do Sul.
Desde 2008 à frente da companhia na região, o economista equatoriano -que há sete anos mora no Brasil- é o responsável por comandar a prospecção de ativos capazes de atrair parte dos recursos bilionários ao país.
O fundo
 
Esse é um fundo para investidores institucionais brasileiros -basicamente fundos de pensão, públicos e privados- que começa com R$ 400 milhões. O Banco do Brasil será o assessor e também investidor. Faremos a gestão do fundo e colocaremos recursos. A ideia é fazer com que o Carlyle, que tem mais de US$ 90 bilhões para investir no mundo, levante recursos locais de fundos de pensão para investirmos em empresas brasileiras.
As empresas Miramos companhias médias com faturamento de R$ 300 milhões a R$ 1 bilhão com potencial de internacionalização, seja por meio de exportação de produtos ou serviços, seja por exportação do modelo de negócios.
Setores de interesse
 
Empresas de varejo, bens de consumo e do agronegócio são as mais interessantes, já que têm vantagem competitiva para se internacionalizar. Queremos comprar participações significativas, do controle ou com controle compartilhado, para fazer parcerias com os donos.
Os investimentos
 
Permanecemos de três a seis anos em cada um dos investimentos, mas a média é de cinco anos. As formas são variadas: venda da companhia para algum grupo estratégico, abertura de capital ou mesmo a venda para outros fundos de "private equity". Isso varia de acordo com o crescimento e a sofisticação da empresa adquirida.
Objetivos locais
Essa é a primeira vez que um grupo de "private equity" internacional e um banco brasileiro fecham uma parceria. A expectativa é a de que os fundos de pensão brasileiros consigam experimentar a forma de trabalho de um fundo de primeira linha e de seu modelo de gestão.
Mercado brasileiro
 O Brasil é o mercado do futuro. Em dez ou 15 anos será o quinto maior PIB do mundo, com taxas de crescimento expressivas. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, conseguimos fazer aquisições de controle com mais facilidade.
Maturidade empresarial O nível de empreendedorismo é alto no Brasil. Empresas relativamente novas começaram a crescer muito rápido e precisam se profissionalizar. Esse cenário é perfeito.
 
Modelo de gestão
Não posso comentar sobre as empresas investidas, mas em geral o costume é profissionalizar a gestão, aumentar os controles e buscar oportunidades operacionais e incremento das margens.
Os emergentes
 
O Brasil é uma das três prioridades para o Carlyle, ao lado da China e da Índia. À medida que conseguimos empresas atrativas, naturalmente vamos ganhar espaço.
 
Próximos passos
Temos um cronograma com várias empresas no radar. Ao longo dos próximos seis meses vocês já vão ouvir falar desses nossos investimentos. A ideia é que esse seja o primeiro de vários fundos.
FONTE: Folha de São Paulo

Boletim Eletrônico

Inscreva-se em nosso Boletim Eletrônico para manter-se informado.

Mensagem da AFABB-DF

Associação com 21 anos (2000 - 2021) de atuação permanente na defesa e preservação dos interesses dos associados, o que determina nossa razão de ser!

Sempre mais forte com sua participação,

A AFABB-DF

Contato

 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
 +55 61 3226 9718 | 3323 2781
 Setor Bancário Sul | Quadra 02 | Bloco A | Edifício Casa de São Paulo | Sala 603 | Brasília/DF | CEP: 70078-900