Rodoviária Interestadual começa a operar domingo, com capacidade expandida e serviços básicos mais bem-estruturados que os oferecidos até agora pela atual Rodoferroviária .
INAUGURAÇÃO — DF ganha novo ponto de partida e chegada
Rodoviária Interestadual começa a operar domingo, com capacidade expandida e serviços básicos mais bem-estruturados que os oferecidos até agora pela atual Rodoferroviária .
Há muito se fala sobre a franca decadência da Rodoferroviária de Brasília. Mas, a partir de domingo, quem chegar a Brasília será recebido em um local com ares de cartão-postal e quem daqui sair levará melhores lembranças. Domingo é o dia em que a nova Rodoviária Interestadual do Distrito Federal inicia suas operações. A entrega da obra atrasou três meses. Segundo o GDF, a demora ocorreu devido à construção de novos acessos e a ajustes técnicos observados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A nova rodoviária tem 22 mil metros quadrados construídos e poderá atender 140 mil passageiros por mês — quase 1,7 milhão por ano. Os espaços são amplos, bem-ventilados e iluminados. A sala de espera é rodeada por lojas e restaurantes. As 32 baias de ônibus são mais que o dobro do que existe na Rodoferroviária, o que deverá diminuir consideravelmente o tempo de espera e as filas de carros das 39 operadoras de viagens interestaduais.
A localização do terminal interestadual promete acabar com um outro problema antigo: acesso por meio de transporte público. Situado em frente ao ParkShopping, na DF-003 (Estrada Parque Indústria e Abastecimento/Epia), é vizinho da Estação Shopping do Metrô e fica em uma via bem-abastecida por ônibus. Segundo a Secretaria de Transportes, duas novas linhas foram inauguradas há um mês.
Investimento
Nem um centavo dos R$ 45 milhões investidos na construção da interestadual saiu do bolso do Governo do Distrito Federal. Pelo edital de 2007, a empresa vencedora da licitação arcaria com os custos da obra e em troca receberia do GDF um terreno ao lado da rodoviária. “Quem desse o menor preço para a obra e o maior preço para o terreno ganharia a licitação”, explica a vice-governadora Ivelise Longhi, coordenadora do Comitê de Acompanhamento, Controle e Monitoramento de Obras Públicas.
O consórcio entre JCGontijo, Artec e Socicam venceu a concorrência e tem o direito de explorar a rodoviária por 30 anos. Caberá à Secretaria de Transportes fiscalizar o contrato e os serviços prestados. A conta da manutenção, que pode chegar a R$ 250 mil por mês, será paga pelo consórcio. “O GDF ainda receberá 1,5% do faturamento total”, diz. A Socicam, que tem experiência em outros terminais do país, vai administrar o local.
Quanto à sede atual, a intenção é fazer uma grande reforma estrutural para expandir o espaço ocupado por outros órgãos governamentais que já funcionam ali, como a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) e o DFTrans. O GDF deve discutir alternativas com o governo federal e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
(Ariadne Sakkis)
FONTE: Correio Braziliense