O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a economia brasileira crescerá pelo menos 7% este ano. "Projetamos crescimento da economia não inferior a 7% em 2010 e temos a meta de gerar 2,5 milhões de empregos", disse Lula durante ato de assinaturas de convênios do Brasil com a União Europeia, no Itamaraty.
“Já estava previsto. Faz tempo que digo isso para vocês: ‘vai haver uma desaceleração do crescimento depois do primeiro trimestre porque o primeiro trimestre antecipou o faturamento, as vendas, do segundo trimestre’. Então é como se a gente devesse fazer uma média: pegar o primeiro trimestre, que foi um crescimento muito forte, somar com o segundo trimestre e dividir pelo meio”, argumentou.
Preocupação
Mantega previu uma recomposição do crescimento a partir do terceiro trimestre do ano. “Estaremos naquela época com 5,5% de crescimento, 6% de crescimento”, calculou. O ministro afirmou que é natural que agora tenha havido uma desaceleração e que o crescimento do primeiro trimestre foi uma reação à queda de 2009, mas que haverá uma acomodação da economia num patamar “normal” de crescimento. “O novo patamar normal de crescimento é 5,5%, 6%. Então, este ano é um pouco atípico por conta do que aconteceu no ano passado. Tirando estímulos, a economia desacelera e entra num ritmo normal. O ano termina com 6,5% a 7% de crescimento”, disse Mantega durante a Cúpula Brasil-União Europeia, em Brasília.
O ministro previu ainda que o ano terminará com uma inflação dentro da meta estabelecida. “A inflação é uma preocupação permanente da gente, mas com o IPCA zero é claro que ela deu uma caída, que, aliás, eu já havia previsto também. Eu falei: ‘alimentação puxava a inflação para cima e vai puxar para baixo’.
E nesse momento puxou para baixo, tanto que deu IPCA zero (em junho)”, disse. Para Mantega, esse resultado é muito satisfatório porque indica que o crescimento é sustentável e que não há superaquecimento da economia. “Nós teremos um crescimento sustentável até o final do ano e devemos encerrar o ano com a inflação dentro das metas”, estimou.