O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou deflação de 0,09% em julho, desacelerando frente à elevação de 0,19% verificada em junho, de acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira.
O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou deflação de 0,09% em julho, desacelerando frente à elevação de 0,19% verificada em junho, de acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira.
No ano, o índice acumula alta de 3,36%, acima dos 2,72% constatados em igual período em 2009. Nos últimos 12 meses terminados em julho, o IPCA-15 acumula incremento de 4,74%, ante 5,06% observados no período imediatamente anterior.
A retração nos preços dos alimentos foi decisiva para o resultado. Esses itens tiveram variação negativa de 0,80%, contribuindo com -0,18 p.p. (ponto percentual) no índice. Em junho, o grupo alimentação e bebidas já havia apresentado deflação de 0,42%.
As principais quedas entre os alimentos foram notadas nos preços da batata-inglesa (-16,48%), tomate (-14,94%), cebola (-13,08%), cenoura (-10,32%), açúcar refinado (-7,47%) e leite pasteurizado (-4,49%).
Os custos com a refeição fora de casa, no entanto, apresentaram alta de 0,95%. Isso representou a maior contribuição individual do índice (0,04 p.p.).
Já os custos dos produtos não alimentícios subiram 0,12%, abaixo dos 0,37% observados em junho. O item despesas pessoais teve alta de 0,57%, seguido pelos preços da habitação, que tiveram variação positiva de 0,50%.
Ao mesmo tempo, os custos com transportes ficaram 0,36% mais baratos, influenciados pela retração nos preços de carros novos (-1,16%), usados (-2,22%), além do litro do álcool (-3,15%) e da gasolina (-0,53%).
Entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas, apenas três não apresentaram deflação: Brasília (0,17%), Belo Horizonte (0,12%) e Curitiba (0,03%). A principal variação negativa foi verificada em Belém (-0,40%).
Os preços do IPCA-15 foram coletados de 15 de junho a 13 de julho, e comparados com os vigentes de 14 de maio a 14 de junho. O indicador mede os gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos.
FONTE: Folha de São Paulo