PARABÉNS, BRASÍLIA, PELOS SEUS 50 ANOS!

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Neste 21 de abril, a AFABB-DF parabeniza Brasília - Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade, Capital dos brasileiros de todos os rincões deste país e amálgama de pioneirismo, raças e ideais - pelos seus 50 anos.

Neste 21 de abril, a AFABB-DF parabeniza Brasília — Patrimônio Cultural e Histórico da Humanidade, Capital dos brasileiros de todos os rincões deste país e amálgama de pioneirismo, raças e ideais — pelos seus 50 anos.

Que mantenha o brilho da modernidade e a aptidão para novos e inquietantes desafios; seja receptiva a inovações e renovações e generosa na qualidade de vida de seus cidadãos!
 
Independente dos desvios e acertos de nossos homens públicos, das cores que o futuro possa ostentar, vamos seguir vivendo Brasília intensamente, ao menos nos exemplos de sua espiritualidade, que parece mais importante do que a territorialidade, como bem o disse, em feliz momento, nossa dileta associada Rosa Maria Said na crônica Brasília é a polis por excelência.  
 
FELIZ ANIVERSÁRIO, CAPITAL CIDADÃ!
 
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“Brasília é a polis por excelência
 
A inauguração oficial de Brasília, em 21 de abril de 1960, foi inesquecível: a Missa campal lembrava os primeiros tempos do cristianismo, com as gentes de toda parte, reunidas em torno do Cruzeiro. Muitos brasileiros que já aqui estavam, construindo a cidade, jamais tinham visto fogos de artifício. Os que vieram depois, jamais voltaram para retomar sua origem, e ficaram para criar a polis. Somos todos brasilienses honorários! 
 
Juscelino Kubitscheck discursou, no dia da inauguração, como Presidente da República: Neste planalto central... serão tomadas as grandes decisões... Brasília recebeu semana passada as delegações do Ibas (Índia, Brasil, África do Sul) e do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), e recebe hoje cerca de 700 manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que invadiram a sede nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
 
Em Brasília, presenciamos, ao vivo e a cores, o julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre o pedido de habeas corpus do ex-dono do banco Marka, Salvatore Cacciola, e poderemos presenciar, em maio, o Congresso Eucarístico Nacional, na Esplanada dos Ministérios, com o ineditismo de simpósios sobre Teologia e Bioética... Hoje, confirmada a utopia de JK, podemos completar com Baudrillard: a soberania política aumenta à medida que se multiplicam as ideias e se diversificam as decisões...
 
Celebrar cinquenta anos desperta nostalgias e saudosismos, mas tem de ser muito mais uma promessa. Clarice Lispector, em sua memorável crônica sobre a cidade, dizia que Brasília ainda não tem o homem de Brasília... Nesse sentido é que gostaria de destacar a importância da educação das crianças e jovens de Brasília.
 
Quando Dom Bosco sonhou Brasília, sonhou como educador, queria um espaço novo para o homem novo. O Senador da República e respeitável pensador Cristovam Buarque, que já foi nosso Governador, acredita, e eu também, que as futuras gerações vão inventar algo melhor do que já foi inventado, se lhes oferecermos uma formação ideológica social, diferente da formação econômica que recebemos.
 
Porque, vejam, o contrário do capitalismo (aquele do século XIX, da mais valia e da concentração de riqueza, dos incentivos fiscais, cambiais e tributários), o contrário do capitalismo não é o socialismo, como bem o provou a história do sec. XX. O complemento do capitalismo é o associativismo, o cooperativismo, o companheirismo, o voluntarismo, o microcrédito produtivo, os incentivos sociais... o ator e o agir social, que precisam ser inventados no sec. XXI para Brasília, e irradiados de Brasília para o Brasil.
 
Brasília é o endereço da sede social do Banco do Brasil. Quantos bancários do BB sonham vir para Brasília! Muitos pensam que só aqui, na sede, vivem os verdadeiros funcionários, nas funções mais nobres de decidir e recriar o Banco.
 
Os próximos anos serão de grande responsabilização social para os bancários, que não poderão se omitir como verdadeiros educadores e mediadores para milhões de brasileiros, com destaque para as mulheres, que emergem como nova sociedade bancarizada, com acesso ao crédito para produzir, ao seguro de vida, aos fundos de investimento... Todos, funcionários e bancários, são imprescindíveis para o entendimento da relação das pessoas com a riqueza, o poder e a religião, que constituem nossa herança incontestável, e que, acredito, poderão existir para o prazer e a felicidade de famílias e comunidades.
 
Brasília, com um Sindicato dos Bancários forte, com a sede da ANABB, da CASSI, com a tradição de milhares de aposentados e suas famílias, tem o dever cidadão de dar o exemplo.
 
Agora, não há como omitir os últimos acontecimentos do poder político de Brasília, o clima de medo e descrença cobre os nossos cidadãos.
 
Gostaria de falar sobre o medo, porque foi das grandes lições que tive. O medo nos acompanha desde o nascimento, e não há como se livrar, apenas caminhar com ele (o caminho se faz caminhando, conforme o autor de Morte e Vida Severina). Pois o contrário de medo não é a coragem. Tem gente que tem coragem por razões totalmente egoístas e destrutivas.
 
O dicionário chama a coragem de energia moral, e a moralidade nem sempre é ética... Pois o contrário de medo é a confiança! A propósito, confiança é um importante indicador de capital social, e nosso país não está bem classificado: falta confiança nas organizações, nas instituições e políticas públicas, no sistema educacional, no vizinho, no futuro...
 
Eu, contudo, tenho confiança quando vejo trabalhos como o da ABRACE, que cuida de crianças com câncer e hemopatias e está contribuindo para a pesquisa e a formação de médicos no diagnóstico precoce do câncer infantil; a APPABB-DF, que busca a inserção dos portadores de deficiências em todos os locais de convívio social, como o trabalho e o lazer; o programa BRASILIA POR DENTRO, turismo infantil na Capital, que leva as crianças das escolas públicas a visitarem as casas de governo, como a Assembléia Legislativa, para que cresçam sabendo que são cidadãos e que política tem tudo a ver com suas vidas; o OBSERVATÓRIO DO TERCEIRO SETOR, que está procurando coordenar as parcerias das organizações não governamentais no Distrito Federal; a AFABB-DF, que acolhe as dificuldades e promove a legitimação de direitos dos aposentados do Banco do Brasil e, principalmente, pereniza a importância e o congraçamento desses importantes cidadãos.
 
São apenas exemplos da espiritualidade de Brasília, que me parece mais importante do que a territorialidade!
 
Encerro com as palavras do arquiteto da cidade, o sábio moderno, Oscar Niemeyer: Ninguém é mais importante que ninguém... cada um faz a sua historinha...”
 
Rosa Maria Said
Aposentada
Cidadã Honorária de Brasília
foi Diretora de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil
 

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