O brasileiro que mora de aluguel vai penar, a continuar o atual ritmo de aumento dos preços. Se as projeções dos analistas estiverem corretas, os contratos a serem renovados no início de 2011 deverão ser reajustados em, no mínimo, em 7%.
O brasileiro que mora de aluguel vai penar, a continuar o atual ritmo de aumento dos preços. Se as projeções dos analistas estiverem corretas, os contratos a serem renovados no início de 2011 deverão ser reajustados em, no mínimo, em 7%. É essa a projeção do mercado para o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) (1)para este ano, usado como referência nas negociações entre locadores e locatários. Mas não é só. Também boa parte das tarifas públicas (energia, transporte urbano e pedágios, por exemplo) acompanha o indicador.
Na avaliação dos analistas, o momento é de botar as barbas de molho, pois, mesmo que haja aumento da taxa básica de juros (Selic) em abril, como aposta 100% do mercado, dificilmente a inflação medida pelo IGP-M não vai de desacelerar como o desejado. Os mais pessimistas, por exemplo, não descartam a possibilidade de o índice fechar este ano com alta de até 10%, quadro semelhante ao de 2008, antes do estouro da crise mundial. “Além da dos alimentos, estamos esperando os reajustes do minério de ferro e do aço. Sendo assim, não há como o IGP-M ficar baixo”, explicou o economista-chefe da Máxima Asset Management, Elson Teles.
Os efeitos desse IGP-M alto vão perdurar até o próximo ano. “Pode ser preocupante para a inflação de 2011, pois esse índice geralmente reajusta contratos de serviços e de aluguel, que se constituem como custos para as empresas e são repassados para os preços de bens e serviços em um cenário de crescimento econômico”, alertou Pedro Raffy Vartanian, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. (VM)