Ficou para a próxima segunda-feira a reunião do governo com os aposentados para discutir o percentual de reajuste para os benefícios pagos acima do salário mínimo. O governo acenou que aceita dar um reajuste maior que a inflação, desde que os segurados concordem em abrir mão de vantagens que teriam com os projetos que tratam do pagamento de benefícios previdenciários em tramitação no Congresso Nacional. Em um desses projetos está prevista a recomposição do valor das aposentadorias pelo valor equivalente ao número de salários mínimos na época da concessão.
Ficou para a próxima segunda-feira a reunião do governo com os aposentados para discutir o percentual de reajuste para os benefícios pagos acima do salário mínimo. O governo acenou que aceita dar um reajuste maior que a inflação, desde que os segurados concordem em abrir mão de vantagens que teriam com os projetos que tratam do pagamento de benefícios previdenciários em tramitação no Congresso Nacional. Em um desses projetos está prevista a recomposição do valor das aposentadorias pelo valor equivalente ao número de salários mínimos na época da concessão. Essa mudança custaria R$ 78 bilhões ao ano e, na prática, inviabilizaria a Previdência.
Outro risco para as contas públicas é o fim do fator previdenciário - uma fórmula de cálculo da aposentadoria que embute uma diminuição do valor do benefício para quem se aposentar cedo. Se o fator for extinto, pode implicar um aumento da despesa do INSS de 6,89% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 para 12,50% do PIB em 2050. O aumento de despesas não para por aí. Tem ainda o impacto da derrubada do veto presidencial ao projeto que pretende estender para as aposentadorias e pensões mais elevadas o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo em 2006, que foi da ordem de 16%. Só isso resultaria uma despesa imediata de R$ 38,2 bilhões. (Vania Cristino )