Breve histórico. O Prêmio Nobel da Paz é um legado do inventor da dinamite, o suíço Alfred Bernhard Nobel (21-10-1833/10-12-1896), que decidiu caber à Noruega a escolha do laureado pelo prêmio, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel.
Breve histórico. O Prêmio Nobel da Paz é um legado do inventor da dinamite, o suíço Alfred Bernhard Nobel (21-10-1833/10-12-1896), que decidiu caber à Noruega a escolha do laureado pelo prêmio, de forma a prevenir a influência de poderes políticos internacionais no processo de atribuição do Nobel. Ainda de acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prêmio deveria distinguir “a pessoa que tivesse feito a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz”.
Talvez em razão desses condicionamentos, tem havido muita polêmica pela escolha de Barack Obama, presidente norte-americano, com apenas nove meses do exercício do mandato, como ganhador do Prêmio Nobel da Paz, edição 2009, “por seus esforços pela paz mundial e em prol do desarmamento nuclear”. Não obstante, há que se reconhecer que o comitê do Nobel foi, no mínimo, apressado, eis que os EUA, sob a presidência Obama, continuam com suas tropas de ocupação no Iraque. Além disso, comandam a guerra contra o Afeganistão, com o surrado pretexto de combate ao terrorismo e, ainda agora, enviaram reforços de homens e de material bélico para enfrentar os talibãs. De lembrar que o simples fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba, compromisso de campanha do candidato Obama, não foi cumprido até o momento. Pior, o fantástico arsenal nuclear estadunidense permanece intocável.
Em favor do comitê norueguês, há o registro de que “ao contrário dos outros prêmios Nobel, o Nobel da Paz pode ser atribuído a pessoas ou organizações que estejam envolvidas num processo de resolução de problemas, em vez de apenas distinguir aqueles que já atingiram os seus objetivos em alguma área específica”. Não resta dúvida que se trata de algo subjetivo, tanto mais se levarmos em conta o antigo ditado popular: de boas intenções o inferno está cheio.
* Lúcio Flávio V. Lima é Conselheiro Deliberativo da AFABB-DF
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