Como gastar 44% menos

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A compra mensal para abastecer a cozinha do brasiliense deve ser feita após muita pesquisa. O custo de uma mesma cesta de produtos pode variar até 80,6% dependendo do local escolhido. Em Taguatinga a mesma cesta de 54 itens de alimentação, limpeza e higiene pode custar R$ 383,31 em um supermercado e R$ 692,44 em outro, segundo o Índice de Custo de Vida do Distrito Federal referente a abril, divulgado ontem pelo Curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Mariana Flores

A compra mensal para abastecer a cozinha do brasiliense deve ser feita após muita pesquisa. O custo de uma mesma cesta de produtos pode variar até 80,6% dependendo do local escolhido. Em Taguatinga a mesma cesta de 54 itens de alimentação, limpeza e higiene pode custar R$ 383,31 em um supermercado e R$ 692,44 em outro, segundo o Índice de Custo de Vida do Distrito Federal referente a abril, divulgado ontem pelo Curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Brasília (UCB). A conclusão é simples e antiga: pesquisar faz bem ao bolso, pois no exemplo citado, o consumidor economizaria 44,64%.

De uma região para outra a variação também é grande. Um morador da Ceilândia, por exemplo, paga, em média, R$ 354,31 pelos produtos. Para adquirir os mesmos itens, o consumidor que mora em Taguatinga gasta R$ 390,676, o do Guará, R$ 429,23, e o do Plano Piloto, R$ 427,49 — o índice considera apenas as três cidades e as asas Sul e Norte. Os reajustes praticados pelos supermercados de cada região também são diferenciados. A população do Plano e do Guará teve que arcar com aumentos de 16% nos últimos 12 meses, enquanto o valor da cesta adquirida em Ceilândia ficou praticamente estável desde abril do ano passado (0,89%).

“À medida que se afasta do Plano Piloto, o preço começa a cair. Para achar o melhor, é preciso bater perna e isso acaba contribuindo para o valor elevado no Plano, que tem renda mais elevada. Uma pessoa que ganha menos tem mais incentivo para pesquisar e já quem ganha mais prefere comodidade. E comodidade tem um preço: você acaba pagando mais caro”, afirma o professor do Curso de Ciências Econômicas da UCB José Carneiro da Cunha Oliveira Neto, um dos coordenadores do índice.

A pesquisa dentro da mesma região deve ser ainda mais cautelosa, se o consumidor quiser garantir o menor valor. No Guará e em Ceilândia a mesma cesta de produtos pesquisada pela Católica chegou a variar 66% de um supermercado para outro. No Plano Piloto os preços variaram até 68% e em Taguatinga, 80%. Em cada uma das regiões foram pesquisados, no mínimo, três estabelecimentos. Os preços variam porque os empresários têm custos diferentes e utilizam estratégias diferenciadas para captar o cliente, segundo o superintendente da Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), Antônio Tolentino Neto. “Num local como o Plano Piloto em que o metro quadrado onde está o supermercado é muito caro, o empresário tem que repassar o custo para o produto”, exemplifica.

Atração
Além disso, de acordo com ele, pesam também as estratégias utilizadas por cada empresa para vender em um mercado em que a disputa é grande. “Antigamente o empresário determinava o lucro em cima do preço do produto, hoje tem que lidar com a concorrência e quem determina o preço é o mercado. O lucro tem que vir do mix de produtos, ele tem que determinar que tipo de promoção fará em cada região para atrair clientes”, afirma Tolentino. Como exemplo ele cita um estabelecimento que dá descontos nos produtos de mercearia para atrair clientes à loja e outro que usa os produtos da cesta básica de alimentos como fator de atração. “Depois que o cliente já está na loja ele acaba comprando tudo no mesmo local, então o lojista ganha no mix, a margem que ganhou no resto compensa o que deixou de ganhar nos itens promocionais. É a livre concorrência”, completa.

Os reajustes de preços também variam de acordo com a região. Nos últimos 12 meses o Guará e o Plano Piloto, onde estão concentrados os valores mais altos para a cesta, também foram os locais que tiveram maiores reajustes. Somente em abril, em relação a março, os produtos pesquisados ficaram, respectivamente, 4,50% e 2,32% mais caros. Em Taguatinga eles sofreram uma redução de preços de 1,48% e em Ceilândia, de 2,11%.

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