Mantega promete o melhor Natal ao país

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, esteve a um passo de antecipar ontem a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor aos eletrodomésticos da linha branca (geladeira, fogão e tanquinho). Em reunião com empresários do setor, o chefe da Fazenda tentou despistar sobre uma possível definição do assunto, mas acabou se contradizendo ao prometer para este ano "o melhor Natal que o brasileiro já teve". Também não convenceu ao afirmar que o governo ainda não bateu o martelo sobre a extensão da desoneração.

Ministro faz declaração ao discutir o IPI de eletros com varejistas

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, esteve a um passo de antecipar ontem a prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) menor aos eletrodomésticos da linha branca (geladeira, fogão e tanquinho). Em reunião com empresários do setor, o chefe da Fazenda tentou despistar sobre uma possível definição do assunto, mas acabou se contradizendo ao prometer para este ano “o melhor Natal que o brasileiro já teve”. Também não convenceu ao afirmar que o governo ainda não bateu o martelo sobre a extensão da desoneração. E concluiu: “Estamos na reta final para fechar o ano, e queremos que ele feche com chave de ouro”.
O encontro ocorrido na manhã de ontem, em São Paulo, estava agendado havia pelo menos três semanas pelos representantes do varejo e da indústria. Durou cerca de duas horas e serviu para o governo marcar posição em questões que considera importantes para a manutenção do incentivo fiscal. Uma delas é a geração de empregos.

Mantega cobrou dos empresários que os seis mil postos de trabalho diretos e os 30 mil indiretos que foram gerados desde abril sejam mantidos. “E serão. Evidentemente que, continuando o crescimento de vendas, principalmente nesses meses de novembro, dezembro e janeiro, não se mexerá no trabalhador. E contrataremos outros, se for necessário”, garantiu o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula.

Outra demanda do governo passada aos empresários diz respeito ao barateamento do crédito ao consumidor. O ministro cobrou do varejo o aumento do número de promoções aos consumidores e melhores condições para o financiamento de longo prazo. Em suas palavras, essa “colaboração” do varejo seria viável a partir da redução das margens de lucro e da ampliação dos investimentos. E refletiu: “Se a gente conseguir, aqui, formalizar esse compromisso, então podemos ter um acordo (para a manutenção do IPI).” A presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Helena Trajano, assegurou que o setor estuda estratégias para incentivar o consumo ainda neste fim de ano.

Banco do Brasil
Mantega também ouviu críticas dos varejistas, sobretudo em relação ao custo do crédito para empresário. Os empresários disseram ao ministro que estão reféns de poucas linhas de crédito, e que elas geralmente têm taxas elevadas. E ouviram do vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, que a instituição estuda novas modalidades de financiamento para o setor. Caffarelli, entretanto, não deu qualquer definição sobre que medidas seriam essas e ficou de repassar o conteúdo da reunião ao diretor-presidente da instituição, Aldemir Bendine, que se reúne hoje com o ministro, em Brasília, para tratar do assunto.

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