Bancários do Distrito Federal e dos estados onde a paralisação fecha agências e prejudica o atendimento discutem em assembleias, hoje, o fim da greve iniciada no último dia24. Ontem à noite, em São Paulo, patrões e empregados sentaram à mesa e chegaram a um acordo. Durante a reunião, os banqueiros formalizaram uma oferta que se aproxima daquilo que os funcionários reivindicam.
Sindicato dos Bancários aceita proposta patronal de reajuste de 6% e mais participação nos lucros. Proposta será submetida hoje a assembleias da categoria em todo o país
Luciano Pires
Bancários do Distrito Federal e dos estados onde a paralisação fecha agências e prejudica o atendimento discutem em assembleias, hoje, o fim da greve iniciada no último dia24. Ontem à noite, em São Paulo, patrões e empregados sentaram à mesa e chegaram a um acordo. Durante a reunião, os banqueiros formalizaram uma oferta que se aproxima daquilo que os funcionários reivindicam.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) refez os cálculos e aumentou de 4,5% para 6% a previsão de reajuste salarial para a categoria. Além disso, as instituições financeiras concordaram em ampliar a participação nos lucros e resultados. O formato do rateio leva em consideração agora o lucro líquido das empresas durante o ano, o número de trabalhadores do setor e os salários reajustados, fixando em patamares bem superiores os ganhos eventuais que vinham sendo discutidos até então.
Mudanças
As mudanças agradaram a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), que recomendará aos demais sindicatos a aceitação da proposta e o fim da paralisação. De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da entidade, o cenário é favorável ao retorno ao trabalho. “É uma melhoria considerável”, disse ao Correio. Caso as assembleias atestem o indicativo feito pela confederação, os bancos abrirão as portas normalmente já a partir de amanhã.
A greve dos bancários interrompe o funcionamento de cerca de 8 mil agências em todo o Brasil. No DF, cerca de 200 pontos tiveram a rotina alterada. No Plano Piloto, por exemplo, as redes privada e pública aderiram em massa ao protesto. O mesmo ocorreu em algumas cidades, o que atrapalhou principalmente a vida da população que não tem acesso à internet ou conhecimento necessário para utilizar o autoatendimento.