Bolsa de SP fecha em queda de 5%

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Afetada pela depreciação das commodities no mercado internacional, a Bovespa encarou ontem seu pior pregão do ano, ao terminar com queda de 5,24%, aos 39.403 pontos.

Bovespa ainda acumula ganhos de 4,94% no ano, com 39.403 pontos; BC atua e dólar perde força, mas termina a R$ 2,296

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL


Afetada pela depreciação das commodities no mercado internacional, a Bovespa encarou ontem seu pior pregão do ano, ao terminar com queda de 5,24%, aos 39.403 pontos.

As ações da Petrobras e de empresas do setor de siderurgia e mineração estiveram entre as perdas mais expressivas de ontem e não deram chances para que a Bovespa operasse em terreno positivo em nenhum momento do pregão.

Na lista das quedas mais fortes do índice Ibovespa, apareceram Gerdau PN (-8,80%), Vale PNA (-7,26%), Siderúrgica Nacional ON (-7,01%) e Petrobras PN (-6,49%).

O clima pouco favorável marcou os mercados acionários pelo mundo. As declarações do presidente do BCE, Jean Claude Trichet, de que o BIS (órgão que reúne os principais bancos centrais mundiais) prevê que a desaceleração da economia é agora global e prosseguirá ao longo do ano colaboraram para o mercado ter um dia fraco.

Na Europa, a Bolsa de Frankfurt perdeu 1,34%; Londres teve recuou 0,50%.

Em Wall Street, o índice Dow Jones encerrou com baixa de 1,46%. A Nasdaq caiu 2,09%.

O setor bancário foi o destaque de perdas nos EUA. Os papéis do Citigroup recuaram 17,04%, com rumores de que estaria perto de fechar um acordo para fundir sua unidade de corretagem com o Morgan Stanley -o que mostraria que mesmo após o socorro bilionário do governo o setor ainda atravessa muitas dificuldades.

Outras instituições financeiras que tiveram quedas foram Bank of America (-12,01%), JPMorgan Chase (-4,08%) e Morgan Stanley (-1,42%).

No pregão da Bolsa paulista, os bancos também não escaparam. O papel UNT do Unibanco recuou 4,88%, seguido por Itaú PN, que caiu 4,23%, e Bradesco PN (-3,64%).

"O Ibovespa vinha muito forte, em um ritmo que não estava sendo acompanhado lá fora. E agora a realização veio mais forte mesmo", diz Hersz Ferman, economista da UM Investimentos. "O cenário para o mercado acionário ainda é bastante incerto e pouco previsível", afirma.

Apesar da queda elevada, o Ibovespa ainda registra alta de 4,94% em 2009.

O apetite dos estrangeiros por ações brasileiras neste começo de ano vai ser importante para a Bolsa se recuperar. Até o dia 8, o saldo das operações dos estrangeiros estava positivo em R$ 1,083 bilhão.

A grande dependência do Ibovespa do desempenho das ações da Vale e da Petrobras -que respondem por aproximadamente 29% do índice- faz com que a oscilação das commodities seja sentida de forma muita intensa no país.

Ontem, o petróleo recuou 7,94%, para encerrar a US$ 37,59 em Nova York.

A informação de que a China não irá por em prática um plano para comprar cobre para sustentar as fundições nacionais se refletiu no mercado internacional e deve dificultar a recuperação dos preços das commodities.

Câmbio
O dólar cedeu no fim das operações de ontem, mas encerrou com apreciação de 1,06%, cotado a R$ 2,296. A moeda americana chegou aos R$ 2,33 ontem e apenas perdeu força após a atuação do Banco Central, que vendeu dólares ao mercado. A autoridade monetária informou que hoje voltará ao mercado, com leilão de dólares com compromisso de recompra.

No ano, o dólar registra depreciação de 1,63%.

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