Vale, Petrobras e siderúrgicas garantiram à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seu segundo pregão consecutivo de alta, acumulando nos dois primeiros pregões de 2009 ganhos de 10,57%. Tal desempenho fez com que registrasse a maior pontuação (41.518 pontos) desde 14 de outubro de 2008 (41.569 pontos). O aumento de ontem foi de 3,17%, mas o mercado chegou a registrar queda de -1,79%.
Vale, Petrobras e siderúrgicas garantiram à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seu segundo pregão consecutivo de alta, acumulando nos dois primeiros pregões de 2009 ganhos de 10,57%. Tal desempenho fez com que registrasse a maior pontuação (41.518 pontos) desde 14 de outubro de 2008 (41.569 pontos). O aumento de ontem foi de 3,17%, mas o mercado chegou a registrar queda de -1,79%.
Segundo um operador, favoreceram o resultado da Bovespa os setores de mineração e siderurgia com a notícia de que o governo da China incentivará o comércio de cobre, alumínio e níquel a partir de 1º de fevereiro. O objetivo chinês é facilitar a importação da matéria-prima para processamento e posterior exportação como produto de maior valor agregado. Essa operação se qualifica para tratamento tributário preferencial, como isenção de tarifa alfandegária e imposto sobre valor agregado. Além disso, teve influência a divulgação de informações sobre o futuro pacote do governo Barack Obama (leia mais na página 11). O plano, entretanto, não garantiu alta nos Estados Unidos, onde a Bolsa de Nova York caiu 0,91%.Volta gradual dos investidores estrangeiros também justificou os ganhos das principais ações.
A recuperação deste ano ainda é tímida. A Bovespa fechou 2008 com saldo negativo recorde de R$ 24,629 bilhões em capital externo, o desempenho mais fraco desde 1994, quando a bolsa começou a publicar os dados de movimentação de recursos. Em 30 de dezembro, a Bovespa registrou a entrada de R$ 87,269 milhões. No mês, o fluxo negativo ficou em R$ 439,252 milhões, resultado de compras de R$ 27,495 bilhões e vendas de R$ 27,934 bilhões.
Fragilidade
Um levantamento da consultoria Economática, sobre a queda de valor de mercado das empresas de capital aberto na América Latina e nos Estados Unidos em 2008, na comparação com 2007, aponta a Agrenco como líder entre as brasileiras. Entre 1.888 empresas de capital aberto da América Latina e Estados Unidos, 6,5% tiveram perdas acima de 80% em seu valor de mercado em dólar no ano de 2008. Desse grupo, que reúne 122 companhias, 45 são brasileiras.
Essas 122 empresas tinham ao final de 2007 em torno de US$ 978,6 bilhões em valor de mercado, cifra que caiu 88,2% em 2008, para US$ 115,6 bilhões. Já as brasileiras (45) contabilizaram perdas de 87,1%, de US$ 59,7 bilhões ao final de 2007 para US$ 7,7 bilhões no encerramento de 2008. Das empresas brasileiras a maior queda em valor de mercado foi a da agrícola Agrenco, com 98,3%, seguida pela Laep (Parmalat), com 95,8%, e em terceiro lugar a mineradora MMX, com valor de mercado 95,5% menor.
O setor de construção civil aparece no ranking das 30 maiores perdas com Abyara (-94,7%), Inpar (-93,5%), General Shopping (-90,0%), BR Brokers (-90,0%) e Company (-89,9%).