O Banco do Brasil informou ontem que as negociações com parceiros para sua nova estratégia no ramo de seguridade ainda está em andamento. Fontes ouvidas pelo Valor confirmaram que as conversas incluem os atuais sócios das empresas do grupo, como a Principal, a SulAmérica e a Mapfre, mas também outras grandes seguradoras com "tamanho relevante" para se associar ao banco federal.
O Banco do Brasil informou ontem que as negociações com parceiros para sua nova estratégia no ramo de seguridade ainda está em andamento. Fontes ouvidas pelo Valor confirmaram que as conversas incluem os atuais sócios das empresas do grupo, como a Principal, a SulAmérica e a Mapfre, mas também outras grandes seguradoras com "tamanho relevante" para se associar ao banco federal.
A negociação com possíveis sócios está sendo conduzida pelo banco UBS Pactual, contratado pelo para assessorar o processo, tomando como base um diagnóstico elaborado pelo BB para aumentar a participação do segmento de seguridade no resultado do banco. Hoje, a seguridade responde por cerca de 16% do lucro do BB, enquanto que em bancos privados de porte semelhante chega a superar 40%.
Essa estratégia, segundo uma alta fonte ouvida pelo Valor, exclui a possibilidade de comprar a participação acionária do banco holandês ING na SulAmérica. "Não tem o menor fundamento essa informação", disse. "Nunca discutimos nada como o ING."
As negociações envolvem necessariamente a SulAmérica porque hoje ela já é sócia do BB na BrasilVeículos, que oferece seguros para automóveis. Outra companhia que também faz parte das negociações é a Principal, que hoje é a sócia do BB na BrasilPrev, que cuida de seguridade. A Mapfre entrou na lista de negociação porque essa é a seguradora que atua dentro da Nossa Caixa, cujo controle acionário foi adquirido pelo BB em 2008.
A fonte explicou, porém, que as negociações não se encerram ao grupo dos atuais sócios do BB. Também estão sendo consultados outros grupos. Se um novo sócio for escolhido, será necessário pagamentos aos atuais.
A reestruturação do segmento de seguridade do Banco do Brasil começou em 2008, com a compra da participação da Aliança da Bahia na Aliança do Brasil, a empresa do BB voltada a seguros de vida. A legislação determinava que o BB procurasse, dentro de um ano, um sócio estratégico para entrar na companhia, pois era proibido a um banco público controlar uma empresa de seguros. Medida provisória editada em fins de 2008, porém, autoriza que o BB seja controlador de empresas no ramo de seguridade.
Além da reestruturação societária, o BB está promovendo outras ações, como o início da venda de seguros por meio de corretores. Antes, a distribuição era apenas por meio de agências.