Brasil cai para 5º no ranking de juro real

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O ciclo de redução da taxa Selic, iniciada em janeiro pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tem afastado cada vez mais o Brasil da liderança do ranking dos maiores pagadores de juros do mundo. Hoje, independentemente do tamanho do corte a ser anunciado pelos diretores do Banco Central (BC),

O ciclo de redução da taxa Selic, iniciada em janeiro pelo Comitê de Política Monetária (Copom), tem afastado cada vez mais o Brasil da liderança do ranking dos maiores pagadores de juros do mundo. Hoje, independentemente do tamanho do corte a ser anunciado pelos diretores do Banco Central (BC), o Brasil cairá da 3º para a 5º colocação na lista dos maiores juros reais (descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses) do mundo, segundo levantamento da consultoria UP Trend.

Na hipótese de o Copom cotar 0,5 ponto porcentual, que é a aposta majoritária dos analistas do mercado financeiro, a taxa real cairá para 4,4% ao ano. Se o recuo for mais modesto, de 0,25 ponto, a taxa ficará em 4,7%. Ainda assim, será 0,1 ponto porcentual menor que o da Argentina, a quarta colocada no ranking geral.

Mesmo se o BC for mais agressivo e cortar 1 ponto porcentual, o País continuará na quinta colocação, já que a taxa do sexto colocado (Taiwan) é 3,3% ao ano, destaca o economista da UP Trend, Jason Vieira, responsável pelo levantamento.

A posição brasileira é considerada inédita, especialmente se for considerado o atual cenário econômico de inflação baixa. "Em outras épocas, como em 2003, tivemos juros reais na casa de 5%, mas era resultado de uma Selic superior a 20% ao ano e índices de preços elevados", diz o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Na avaliação dele, o principal benefício do recuo dos juros reais é o desenvolvimento do mercado de capitais, com o aumento da participação dos títulos corporativos (como ações, debêntures e fundos de recebíveis) no País. "Foi isso que vimos ocorrer em nações desenvolvidas e industrializadas", argumenta Agostini.

O economista completa ainda que juros menores incentivam o investimento direto no setor produtivo. "Em vez de passar a mão ao telefone e aplicar o dinheiro em um CDB ou outro tipo de aplicação, que apresentava um rendimento fácil e sem grande risco, agora o investidor terá de arriscar mais, procurar ativos mais atraentes. Isso abre espaço para investimentos em infraestrutura, por exemplo, que é o setor mais carente do Brasil."

A economista da Tendências Consultoria Integrada, Marcela Prada, observa que a redução do juro real incentiva diretamente a retomada econômica. Ela pondera, no entanto, que o crescimento do País não depende apenas dos juros, mas de uma combinação de fatores. Entre eles, o desempenho da economia internacional. Outro ponto é a confiança do consumidor e dos empresários.

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