A CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI, está completando 105 anos, abrangendo um universo de mais ou menos quinhentas mil pessoas. Essa longevidade de comprovado sucesso nos dá a certeza de afirmar que, em se tratando de fundos de pensão, temos mais a ensinar que aprender.
A CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL – PREVI, está completando 105 anos, abrangendo um universo de mais ou menos quinhentas mil pessoas.
Essa longevidade de comprovado sucesso nos dá a certeza de afirmar que, em se tratando de fundos de pensão, temos mais a ensinar que aprender.
Ao longo de todo esse tempo vimos enfrentando as mais variadas investidas: desde a nomeação de administradores descompromissados, até o direcionamento de recursos para investimentos, uns de retorno duvidoso e outros que não retornaram.
Todas essas ameaças provenientes do ambiente externo. Dos que nomeiam nossos dirigentes.
Agora trama-se a criação de um novo órgão fiscalizador: a PREVIC, com custos excessivamente mais altos, que substituirá a SPC – Secretaria de Previdência Complementar, que acaba de completar trinta anos de existência. Basta aparelhar convenientemente a SPC para que defenda com rigor os interesses dos “assistidos” e não dos grupos financeiros de plantão.
Fazemos uma reflexão: por que a SPC e, em última análise a estrutura governamental, não conseguiram evitar os problemas do fundo AERUS, da antiga Varig, e do fundo da extinta Vasp, cujos participantes até hoje amargam a falta de solução para o caso, muitos passando sérias dificuldades financeiras. Com certeza não por falta de estrutura, mas sim por decisões políticas equivocada que desprezaram os direitos dos associados, em benefício injustificado de terceiros.
Aliás, em governo anterior, nossa Previ sofreu uma intervenção da SPC, até hoje mal justificada, cujo interventor promoveu uma alteração estatutária - que combatemos na justiça até hoje - porque, entre outras medidas prejudiciais aos nossos interesses, acabou com a consulta ao corpo social , o qual participava anteriormente de importantes decisões.
Outros fatos que nos chamam a atenção, no cuidadoso projeto de lei que cria a PREVIC, são a cobrança de taxa de fiscalização, para manutenção do novo órgão, e a ótima estrutura de cargos e salários. Ora, quem tem interesse em fiscalizar, que o faça às próprias expensas. Não esquecer a gigantesca arrecadação tributária. Nós, por exemplo, promovemos rigorosa fiscalização em nossa Previ, através de balanços publicados e de outros meios ao nosso alcance. Somos os maiores interessados. Defendemos também os interesses dos funcionários do Banco do Brasil, que ainda estão na ativa, preocupados com o trabalho e respectivas carreiras, mas são associados da Caixa de Previdência e um dia dependerão dela para sobreviver.
Neste país já há fiscalização demais: Receita Federal do Brasil – que inclusive incorporou os fiscais da previdência social, tem poderes quase absolutos, é só deixá-la fiscalizar; Tribunal de Contas da União – cujas auditorias e recomendações são ignoradas ou postergadas, e tantos outros. E, se todo o sistema funcionasse bem, certamente não teríamos os mesmos problemas de 50 ou 60 anos atrás, de saúde, educação e segurança, que lemos nos jornais diariamente.
Assim é que, muito embora a opinião favorável dos otimistas, dos pseudo-otimistas e dos otimistas de última hora, REPUDIAMOS, com a mais sólida convicção, a criação de mais esse órgão. Não porque duvidemos das boas intenções das pessoas envolvidas nesse trabalho. Mas porque, em virtude de nossa idade, vivência e experiência, NÃO ACREDITAMOS NO SISTEMA, que é lento, burocratizado, ineficiente e muitas vezes corrupto. Já vimos esse filme antes, não gostamos, e não queremos vê-lo novamente.
Nas eleições de 2010 não deixaremos nossos associados se esquecerem daqueles que trabalharam contra os nossos interesses.
NEY SEABRA DA COSTA
PRESIDENTE