Valdimiro Rodrigues de Carvalho, 55 anos, é um investidor convicto. Ele tem um fundo de pensão da Previ e ainda aplica em dois planos de previdência aberta (PGBL e VGBL).
Valdimiro Rodrigues de Carvalho, 55 anos, é um investidor convicto. Ele tem um fundo de pensão da Previ e ainda aplica em dois planos de previdência aberta (PGBL e VGBL)
Alguns planos de previdência fechados, conhecidos como fundos de pensão, já começam a baixar a meta atuarial de 6% fixada para este ano a fim de conseguir melhor remuneração para os investimentos.
"Estamos buscando formas de flexibilizar a legislação para buscar nova rentabilidade do mercado com o cenário de juros mais baixos", explica José de Souza Mendonça, diretor-presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp).
O executivo diz que um plano de previdência é um investimento de longo prazo (30 a 40 anos) ao contrário da caderneta de poupança. Ele cita um estudo encomendado pela Abrapp que mostra que entre 1997 e 2008 quando a poupança rendeu 182%, o fundos de pensão atingiram a marca de 522% no período.
"Mesmo que as regras sejam flexibilizadas, com renda variável, imóveis e aplicações no exterior, os fundos de pensão têm que controlar os riscos. Não podemos nos lançar em aventuras", argumenta.
Valdimiro Rodrigues de Carvalho, 55 anos, é um investidor convicto. Ele tem um fundo de pensão da Previ e ainda aplica em dois planos de previdência aberta (PGBL e VGBL).
Além disso fez uma previdência privada para o neto que tem apenas um ano.
"Como eu tenho um horizonte de longo prazo não estou muito ansioso, mas sei que a redução da Selic diminui a rentabilidade de todos os fundos de previdência e das aplicações", comenta. Como bom aplicador, Valdimiro diz que vai ficar onde está e acompanhar o mercado para ver como fica.
Cautela é a orientação do consultor Márcio Peppe, da BDO Trevisan Consultoria.
"Os investidores em previdência complementar têm que avaliar o risco e o retorno da migração de um plano para outro", diz.
Ele lembra que é hora de acompanhar mais de perto as taxas de administração e de carregamento, e barganhar com o gestor do fundo a taxação menor.
"Além disso, é bom lembrar que ao resgatar a reserva o aplicador tem o impacto fiscal do Imposto de Renda e pode tornar desvantajosa a mudança do investimento", avisa.