O uso político do Banco do Brasil, para se promover o aumento do crédito e a queda de juros esmo sem respaldo técnico, está custando caro para os donos de ações da instituição, inclusive Tesouro Nacional, que detém quase 66% dos papéis. Em apenas dois dias, o valor de mercado o BB derreteu R$ 5,2 bilhões (10,74%).
O uso político do Banco do Brasil, para se promover o aumento do crédito e a queda de juros esmo sem respaldo técnico, está custando caro para os donos de ações da instituição, inclusive Tesouro Nacional, que detém quase 66% dos papéis. Em apenas dois dias, o valor de mercado o BB derreteu R$ 5,2 bilhões (10,74%). Na terça-feira, antes do anúncio da demissão de Antonio Francisco de Lima Neto da presidência do banco pelo presidente Lula, a totalidade das ações da instituição valia R$ 48,5 bilhões. Ontem, o BB como um todo estava cotado a R$ 43,3 bilhões. “É inacreditável que um governo que se diz sério faça isso com o Tesouro e os investidores que apostaram na boa gestão do Banco do Brasil”, disse Alexandre Marques Filho, analista da Elite Corretora.
Na verdade, o que Mantega quis foi pedir aos vices que não saiam agora, pois uma debandada destruirá a já arranhada imagem do BB. Dois executivos, Aldo Luiz Mendes (vice de Finanças) e José Maria Rabelo (vice de Negócios Internacionais), os únicos sem vinculação política com o PT e o PMDB, partidos que ratearam o comando do banco, não esconderam o descontentamento pela forma como Lima Neto foi defenestrado. A irritação está maior porque já começou uma disputa interna para o preenchimento da vaga de Bendini, que era vice de Cartões e Novos Negócios de Varejo, e para os cargos dos que se mostrarem contrários às mudanças promovidas por Lula.