Valor do BB fica R$ 5 bi menor

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O uso político do Banco do Brasil, para se promover o aumento do crédito e a queda de juros esmo sem respaldo técnico, está custando caro para os donos de ações da instituição, inclusive Tesouro Nacional, que detém quase 66% dos papéis. Em apenas dois dias, o valor de mercado o BB derreteu R$ 5,2 bilhões (10,74%).

O uso político do Banco do Brasil, para se promover o aumento do crédito e a queda de juros  esmo sem respaldo técnico, está custando caro para os donos de ações da instituição, inclusive    Tesouro Nacional, que detém quase 66% dos papéis. Em apenas dois dias, o valor de mercado  o BB derreteu R$ 5,2 bilhões (10,74%). Na terça-feira, antes do anúncio da demissão de Antonio Francisco de Lima Neto da presidência do banco pelo presidente Lula, a totalidade das  ações da instituição valia R$ 48,5 bilhões. Ontem, o BB como um todo estava cotado a R$ 43,3 bilhões. “É inacreditável que um governo que se diz sério faça isso com o Tesouro e os investidores que apostaram na boa gestão do Banco do Brasil”, disse Alexandre Marques Filho, analista da Elite Corretora.

Segundo ele, o tombo no valor dos papéis do BB está sendo  comandado pelos investidores estrangeiros, os mais arredios a intervenções políticas. Eles têm 11% do capital do banco. Na quarta-feira, quando o mercado tomou conhecimento da intervenção no BB — a instituição terá metas de redução dos juros e para aumento de crédito  , as ações despencaram 8,15%. Ontem, caíram mais 2,82%. “Não tem jeito. Se os cortes não seguirem padrões técnicos, é prejuízo na hora”, ressaltou Marques.
 
Para ele, enquanto persistirem as dúvidas em relação ao futuro do BB, que já quebrou em 1996, exigindo um  porte de mais de R$ 8 bilhões dos contribuintes, os investidores vão vender suas ações e os  preços vão continuar caindo. “O que o PT está mostrando de seriedade na condução da  política monetária, está estragando na gestão de estatais”, destacou o analista da Elite Corretora. Acredita-se, no mercado, que Lula está usando o BB para posar de defensor dos pobres, ao mostrar seu desejo de que os juros caiam a qualquer custo, para tentar recuperar a popularidade perdida e bombar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sua sucessão.
 
Disputa aberta
 
As desconfianças não se restringem ao mercado. Entre os funcionários do BB, há o temor de que uma administração política, sob o comando de Aldemir Bendini, o Dida, nomeado para suceder Lima Neto, empurre a lucratividade e a credibilidade conquistadas pelo banco nos últimos anos ladeira abaixo. Ontem, Mantega chamou os vice-presidentes da instituição para uma conversa na Fazenda. Pediu-lhes que tenham calma e assegurou que o BB não se meterá em aventuras.

Na verdade, o que Mantega quis foi pedir aos vices que não saiam agora, pois uma debandada destruirá a já arranhada imagem do BB. Dois executivos, Aldo Luiz Mendes (vice de Finanças) e José Maria Rabelo (vice de Negócios Internacionais), os únicos sem vinculação política com o PT e o PMDB, partidos que ratearam o comando do banco, não esconderam o descontentamento pela forma como Lima Neto foi defenestrado. A irritação está maior porque já começou uma disputa interna para o preenchimento da vaga de Bendini, que era vice de Cartões e Novos Negócios de Varejo, e para os cargos dos que se mostrarem contrários às mudanças promovidas por Lula.

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